segunda-feira, 1 de agosto de 2011

Por dentro da GMB - II

Controle de qualidade

A GMB é uma revista brasileira indexada em importantes bancos de periódicos do mundo, inclusive no ISI. A que você atribui estas conquistas da publicação? Quais são os pontos fortes da GMB, em termos científicos e de produção editorial?

Klaus: Os pontos mais importantes para tais indexadores (ISI-WOS, PubMed, SciELO) são a regularidade de publicação, a garantia do peer-reviewing e a qualidade do corpo editorial. A GMB preenche todos estes requisitos, nunca tendo faltado na regularidade. Outros pontos fortes da GMB são a qualidade dos artigos publicados, garantida por um rigoroso processo de análise editorial, feito por editores associados com amplo conhecimento das diferentes áreas do conhecimento relacionadas com a genética e pelos assessores ad hoc que garantem um peer-reviewing de qualidade. Note  que a GMB tem um índice de recusa de manuscritos em torno de 60%.

Ademais, após ser aceito pelo editor, cada manuscrito é avaliado criteriosamente por um  conjunto de corretores em relação à adequação do inglês (os corretores muitas vezes fazem e sugerem amplas revisões do texto) e pr seus aspectos técnicos (tabelas, figuras e consistência de referências). Tal controle de qualidade é fundamental para o reconhecimento da seriedade de um periódico científico.

Para os autores, o atrativo é o fato da GMB ser uma revista de acesso aberto, com a possibilidade de publicação de figuras coloridas, geralmente sem cobrança extra.
  

E quais os pontos que podem ser melhorados?

Klaus: O principal ponto a ser melhorado é o tempo entre recebimento de um manuscrito e a sua publicação. Porém, com os esforços dos últimos anos, conseguimos melhorar bastante e reduzir este prazo para quatro a seis meses. Fundamental para tal redução foi uma cobrança sistematizada dos editores associados e assessores ad hoc para que se mantivessem dentro dos prazos. E deve-se considerar que editores, editores associados e  assessores ad hoc fazem seu trabalho como parte das suas atividades de extensão, dentro das suas carreiras acadêmicas nas universidades e instituições de pesquisa, sem nenhuma remuneração.

Em termos técnicos houve um grande avanço com a implementação de uma plataforma de submissão online, o Scholar One, licenciada da Thomson Reuters, que facilita muito o trânsito de manuscritos e informações entre os envolvidos no processo de análise editorial. 

Outra maneira de encurtar o tempo entre submissão e publicação foi o acordo feito com o SciELO, que possibilita a disponibilização em fluxo contínuo de artigos no formato Ahead-of-Print, ou seja, artigos prontos que, normalmente, aguardariam para serem incluidos em um fascículo, mas que, desta forma, ficam disponíveis na sua versão eletrônica, igual à definitiva, meses antes da sua publicação. 

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