sexta-feira, 22 de julho de 2011

Elsevier

Em maio, o SIBi/USP e a Elsevier promoveram uma série de eventos no Brasil, entre eles o "Seminário para Revisores: como ser um revisor eficiente para periódicos internacionais", com a presença da diretora estratégica de Serviços de Periódicos da Elsevier, Rose Olthof.

Além de abordar o  processo de revisão, em sua palestra, Olthof comentou sobre o "mundo" da Elsevier e sobre o trabalho de publishers e editores.

De acordo com Olthof, em média, as bases de dados da Elsevier aceitam para indexação 20 periódicos por ano, sendo 40% deles eletrônicos, 30% impressos e 30% eletrônicos e impressos.

Olthof destacou que uma boa publicação científica, além de bons artigos, tem uma importância e um relação com a sua comunidade. "O periódico é importante para a comunidade e vice-versa", disse.

Sobre os publishers, Olthof afirmou que suas responsabilidades incluem a produção editorial, acompanhando as tendências das pesquisas na área da publicação, e também o gerenciamento das áreas de vendas, marketing e divulgação.

Olthof sugeriu que os editores sempre investiguem os currículos dos autores, incluindo outros artigos que eles publicaram, e fez um alerta: revisores que não publicaram nada nos últimos cinco anos, não podem ser bons avaliadores de manuscritos. Ela recomendou às publicações que busquem os professores doutores em início de carreira, pois eles estariam sempre "famintos por publicar e revisar".

segunda-feira, 11 de julho de 2011

Indicadores em questão - II

O documento do Fórum de Editores de Revistas da Área de Ciências Sociais e Humanas em Saúde está chacoalhando os editores da área. Segundo uma das organizadoras do fórum, Cleide Lavieri Martins, foi uma “surpresa agradável” ver o quanto o texto repercutiu. “Agora é preciso dar continuidade ao debate, o momento é bastante oportuno”.

Para Cleide, o documento traz importantes temas para reflexão, começando pela avaliação da Capes. “Os critérios existentes para as revistas de saúde pública e ciências humanas são insuficientes, o que vem deixando a discussão restrita”, afirma Cleide, “precisamos de critérios qualitativos e outras formas de medir o impacto das publicações. Não dá, por exemplo, para continuar a considerar as publicações regionais como revistas de menor impacto, pois, elas têm importância e peso”, completa.

O documento já foi encaminhado à Capes, que não se pronunciou sobre ele.

Indicadores em questão - I

Durante o V Congresso Brasileiro de Ciências Sociais e Humanas em Saúde/ABRASCO, realizado em 18 de abril deste ano, aconteceu o Fórum de Editores de Revistas da Área de Ciências Sociais e Humanas em Saúde/Abrasco, com o objetivo de discutir a difusão científica no campo da saúde pública, considerando a diversidade de temas que este domínio multidisciplinar da ciência pode englobar.

Um dos temas debatidos no evento foram os critérios da Capes para classificação de periódicos científicos da área da saúde pública. A discussão originou um documento que está chamando a atenção dos editores.  

Leia na íntegra:

À Presidente do V Congresso Brasileiro de Ciências Sociais e Humanas em Saúde,

O Fórum de Editores de Revistas da Área de Ciências Sociais e Humanas em Saúde, reunido em 18/04/2011, durante o V Congresso Brasileiro de Ciências Sociais e Humanas em Saúde, com a participação expressiva de editores das diversas revistas do campo da Saúde Coletiva e autores, vem solicitar, pela importância dos assuntos discutidos, a inclusão na agenda da ABRASCO do debate das questões que seguem e o encaminhamento deste documento a Área de Saúde Coletiva da CAPES.

Os participantes concluíram pela urgente necessidade de revisão dos parâmetros de classificação das revistas na área de saúde coletiva da CAPES.

Reiteradamente temos presenciado manifestações de pesquisadores, docentes, autores e editores criticando veementemente a hegemonia de abordagens biomédicas em detrimento da natureza plural, rica e interdisciplinar do campo da Saúde Coletiva, com o risco de exclusão de áreas importantes como as ciências sociais, ambientais, a saúde do trabalhador, gestão, promoção da saúde etc.

Os participantes verificam esta hegemonia como uma ameaça de empobrecimento do campo e solicitam que sejam respeitadas e valoradas distintamente as características específicas e a diversidade do campo que inclui entre outras as ciências sociais e humanas, e que se considere a produção de critérios qualitativos de avaliação das revistas.

Avaliam que os critérios bibliométricos vêm respondendo mais à lógica de mercado com claro favorecimento dos periódicos internacionais, em detrimento de importantes esforços nacionais, como as citações por meio do SciELO.

Consideram ainda que a internacionalização não deva se limitar a versão em inglês dos artigos mantendo-se "resíduos" colonialistas, respeitando a circulação de artigos sobre localidades e especificidades geográficas ou sociais singulares.

Percebe-se ainda um distanciamento do caráter formativo de linhas editoriais, que se preocupam em estimular o debate e reflexão entre autores e leitores e, particularmente, na formação de novos autores.

O Fórum recomenda que os editores devam constituir agenda de trabalho visando garantir a multiplicidade de revistas da área, discutir a política de financiamento, promover formas de colaboração entre as novas revistas e revistas consolidadas, e estimular o ingresso de novos participantes na ABEC.

Recomenda ainda a realização de seminários conjuntos entre fórum de editores e fórum de coordenadores de pós-graduação da área.

Presentes do Fórum: Cadernos de Saúde Pública; Interface, Comunicação, Saúde e Educação; Physis; Revista Brasileira de Ciências Sociais; Revista Brasileira de Epidemiologia; Revista de Saúde Ocupacional; Revista de Saúde Pública; Salud Colectiva; Saúde & Transformação Social; Saúde e Sociedade.

Demais participantes: Aurea Ianni; Gladys Benito; Helena Ribeiro; Ivan França Junior, Mara de Andréa Gomes; Maria da Penha C. Vasconcellos; Rodolfo Vilela; e Rubens Adorno.

Adesões ao documento: Ciência &Saúde Coletiva, Revista de Bioética; Revista de Direito Sanitário; Revista Baiana de Saúde Pública e Saúde em Debate.

terça-feira, 5 de julho de 2011

Nova edição da Revista de Direito Sanitário

Acaba de ser lançada a mais nova edição da Revista de Direito Sanitário (volume 12, número 1), com artigos que tratam sobre a internacionalização das políticas públicas de saúde, o papel do Poder Judiciário na garantia do direito à saúde e o novo Código de Ética Médica, entre outros assuntos atuais do campo interdisciplinar do direito sanitário.
A Revista de Direito Sanitário é uma publicação do Núcleo de Pesquisas em Direito Sanitário da Universidade de São Paulo (NAP-DISA/USP) e do Centro de Estudos e Pesquisas de Direito Sanitário (CEPEDISA).

Mais informações sobre esta e outras edições podem ser encontradas na homepage da publicação www.revdisan.org.br ou podem ser solicitadas pelo e-mail revdisan@usp.brPara aquisição de exemplares e assinatura, os interessados podem entrar em contato pelo e-mail assine-rdisan@cepedisa.org.br ou pelo telefone (55 11) 3088 2094.